META 18 DO PME PROVOCA DISCUSSÕES NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
O Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado em 26 de junho
de 2014 e terá validade de 10 anos. Esse plano estabelece diretrizes, metas e
estratégias que devem reger as iniciativas na área da educação. Por isso, todos
os estados e municípios elaboraram seus planejamentos específicos para
fundamentar o alcance dos objetivos previstos — considerando a situação, as
demandas e necessidades de cada município.
O Plano é composto por 20 metas que abrangem todos os níveis de
formação, desde a educação infantil até o ensino superior, garantindo foco em
questões especialmente importantes (como a educação inclusiva, o aumento da
taxa de escolaridade média dos brasileiros, a capacitação e o plano de carreira
dos professores), além de aspectos que envolvem a gestão e o financiamento
desse imenso projeto.
Alcançar todas as metas sempre foi o compromisso do Governo Municipal, o qual deparou com inúmeras necessidades e desafios, que foram alcançados e sanados, provocando assim um avanço em diversas Metas do PME. Entretanto, em 2016, a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE), preocupada com o perfil dos Planos de Carreira dos municípios e seus cenários, realizaram a primeira formação da Rede PCR Bahia. O evento foi organizado pela Diretoria de Valorização dos Profissionais da Educação da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação (Divape/Sase/MEC).
Alcançar todas as metas sempre foi o compromisso do Governo Municipal, o qual deparou com inúmeras necessidades e desafios, que foram alcançados e sanados, provocando assim um avanço em diversas Metas do PME. Entretanto, em 2016, a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE), preocupada com o perfil dos Planos de Carreira dos municípios e seus cenários, realizaram a primeira formação da Rede PCR Bahia. O evento foi organizado pela Diretoria de Valorização dos Profissionais da Educação da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação (Divape/Sase/MEC).
Foi neste panorama que o Município de Central aderiu a Rede PCR,
assinando Termo de Parceria para obter Assistência Técnica de apoio à
elaboração ou adequação dos Planos de Carreira e Remuneração dos profissionais
de educação básica pública (PCR), nomeando uma comissão que fora composta por
membros dos Conselhos de Educação e do Fundeb, além dos técnicos da Secretaria
de Educação e Representante dos Professores, para que pudessem obter a formação
e promover as discussões e implementações de um novo Plano de Carreira, já que
o existente no município não condizia com a realidade da cidade, por ter sido
construído sem o devido estudo de impacto financeiro de no mínimo 10 anos, os
avanços e o crescimento da carreira, entre outras características próprias
inerentes a cada município, impossibilitando promover melhorias na valorização
das categorias.
Passando-se mais de um ano de levantamento de dados, números,
estudos e formações, o município solicitou ao referido órgão(proam/rede PCR)
que enviasse a sua técnica responsável pelo acompanhamento, a professora
Isabel, nos dias 05 e 09 de janeiro, para que pudesse apresentar os dados finais
da avaliação feita do Plano de Carreira do Município, envolvendo números de
servidores, salários, acréscimos e gratificações, gerando um relatório que fora
apresentado aos professores, técnicos, membros de conselhos, vereadores e ao
prefeito, trazendo as seguintes observações, dentre outras:
1 - O município de Central apresentou nos últimos anos uma
vertiginosa queda de receita, sendo esta receita de 2017, bastante inferior às
suas despesas, onde fora arrecadando aproximadamente 12 (doze) milhões de reais
e gastou-se mais de 15 (quinze) milhões só com despesa de pessoal na educação;
2 – Segundo o estudo, verifica-se que a maior despesa despendida
em 2017 provém da excessiva quantidade de professores do quadro efetivo,
concursados, já que não existem contratos, utilizando mais que o valor
repassado anualmente pelo FUNDEB.
3 – Atualmente, a rede municipal do ensino dispõe de 266
professores(média de 11 alunos por professor). Entretanto, necessário se faz de
apenas 166 (cento e sessenta e seis) professores para o bom e pleno
funcionamento da rede, baseado no número de alunos, a carga horária a ser
ofertada a estes(800h) e regime de trabalho do professor. Assim, identificou-se
que 100 (cem) professores estão “ociosos”, que poderão ser úteis em outras
áreas da administração;
4 – Com o intuito de solucionar o excesso de professores na rede
municipal de educação, o Município deverá em caráter de urgência instituir uma
comissão para avaliações e tomadas de decisões coletivas, envolvendo Conselho
Municipal de Educação, do Fundeb, técnicos da Secretaria, Comissão de Educação
da Câmara de Vereadores e Sindicato de Servidores Públicos.
5 – Mesmo sabendo que a Administração Municipal no ano de 2017
promoveu ajustes administrativos, enxugando o máximo possível dos cargos comissionados
e de funções gratificadas, é preciso ainda muito mais medidas, para que se
possa equilibrar as finanças (receitas e despesas da Educação).
6 – Conforme ainda o estudo, as dificuldades financeiras na
seara da Educação que, conseqüentemente, gera os atrasos de salários, são
decorrentes do excessivo número de professores no quadro, fato que poderá ser
sanado com possível nucleação de escolas, ajuste este tão necessário e que
promoverá a solução das questões administrativas, melhorando também o rendimento
pedagógico;
“ A leitura do relatório técnico me fez preocupar ainda mais com
a situação do nosso plano de carreira e os nossos servidor. Pela primeira vez
pudemos obter dados concretos, para podermos entender melhor o cenário
administrativo/financeiro do Plano de Careira, por meio do Sistema de Apoio e
Gestão de Planos de Carreira, chamado de SisPCR. É um grande desafio implantar
uma gestão eficiente frente ao cenário que está posto. As dificuldades, como se
vê, são imensas, mas não nos falta vontade e coragem para enfrentá-las, de
forma democrática e participativa.Conclamamos esta Comissão que analisem,
avaliem, pontuem e proponham, em caráter de urgência, todas as ações e mudanças
que precisamos fazer, pois Central está para nós, acima de tudo. Precisamos ter
um real Plano de Carreira que seja um Plano de Aposentadoria, que dê garantias
futuras a todos os servidores! Que esta comissão seja apolítica, que despojem
de interesses pessoais, pois assim poderemos chegar a um porto seguro, com
realocação de cargos e funções, adequando-as às reais necessidades da
municipalidade, pois os governos passam, mas os Planos de Aposentadoria e
Carreira continuam! Vamos promover esta valorização, Professores! Unamo-nos por
uma melhor valorização dos servidores, pelo investimento na carreira e pela
melhora no rendimento dos nossos alunos, afigurando-o na avaliação do IDEB, com
notas que nos engrandeça.Pelo alcance das Metas do PME que ainda temos a
frente! Portanto, confiando na capacidade dos excelentes professores que temos,
desta Comissão definida para analisar e propor ações comprometidas com esta
reestruturação educacional lograremos êxito neste diálogo para tomadas de
decisões, neste processo democrático de gestão! Mobilizemo-nos! Venha discutir
e propor conosco!”, respondeu o Prefeito Uilson Monteiro ao ser procurando para
se manifestar perante as orientações pontuadas pela Técnica da Rede PCR/Proam,
a professora Izabel.
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