terça-feira, 10 de abril de 2018

Funaro diz que papéis ligam aliados de Temer a propina da Odebrecht

[Funaro diz que papéis ligam aliados de Temer a propina da Odebrecht]0 de Abril de 2018 às 08:41 Por: Andre Dusek/Estadão Por: Redação BNews01comentários
Reportagem de O Globo nesta terça-feira (10) revela que o doleiro Lúcio Funaro entregou aos investigadores da Operação Lava-Jato um conjunto inédito de documentos que reconstituiriam o caminho percorrido por parte da propina de R$ 10 milhões paga pela Odebrecht ao PMDB, na campanha de 2014. 
De acordo com o jornal, investigadores apontam que a quantia teria sido dividida pelo grupo político do presidente Michel Temer. Conforme a publicação, o caso remonta ao jantar no Palácio do Jaburu, narrado em detalhes na delação da empreiteira, em que o então presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, afirma ter recebido o pedido de “contribuição” ao partido do então vice-presidente e candidato à reeleição na chapa de Dilma Rousseff. 
Os papéis remetidos por Funaro aos investigadores serão usados para fundamentar o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Temer, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco.
Cumprindo prisão domiciliar em uma fazenda no interior de São Paulo desde dezembro de 2017, o doleiro diz aos investigadores, em ofício enviado à Polícia Federal no dia 14 de março, que passou dias vasculhando os seus registros de pagamento de propina para localizar as evidências. 
Funaro encontrou um conjunto de planilhas que ele afirma reconstituir a “entrada de dinheiro em espécie” entre os dias 22, 23, 24 e 25 de julho de 2014. A soma das “entradas” durante esses quatro dias totaliza R$ 1 milhão. É justamente a quantia que o doleiro afirmou, em delação, ter ido buscar no escritório do advogado José Yunes, amigo pessoal de Temer. Além da sua contabilidade pessoal, Funaro encontrou outro documento que confirmaria a entrega da propina ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, em Salvador. Toda a movimentação registrada por Funaro ocorreu um mês depois do jantar no Jaburu.
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