segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Cartão Vermelho: Carlos Daltro, o empresário acusado de entregar propina

[Cartão Vermelho: Carlos Daltro, o empresário acusado de entregar propina]26 de Fevereiro de 2018 às 16:10 Por: Arquivo / Bocão News Por: Redação BNews00comentários
Carlos Eduardo Nascimento Daltro, empresário do ramo imobiliário, é amigo do ex-governador Jaques Wagner desde os tempos de sindicato no Pólo Petroquímico de Camaçari. Seu nome ganhou a mídia em abril de 2017, quando o ex-executivo da Odebrecht, Hilberto Silva, disse que o empresário foi responsável por viabilizar o pagamento de R$ 500 mil a Wagner em Salvador. A parcela era parte do montante de R$ 1 milhão, que teve a primeira parte paga na casa da mãe do então governador no Rio de Janeiro.
Narra Hilberto Silva em sua delação premiada na Lava Jato: "Foi autorizado o pagamento de R$ 1 milhão. Esse valor não era possível ser pago em Salvador, pois nao existia quem tivesse essa moeda disponivel nesse nível em Salvador. Os doleiros de Salvador não têm volume que atinja isso. Pedi que pagasse no Rio ou SP, pois existia essa disponibilidade. Foi pago 50% no Rio de Janeiro, na casa da mãe dele. Foi pago R$ 500 mil lá. O segundo pagamento, ele pediu de qualquer forma, nem que demorasse, que fosse pago em Salvador. Teve algum problema lá com a mãe dele, que ele não quis mais que fosse pago lá. Ele pediu, fizemos um esforço grande e conseguimos pagar em Salvador através de um preposto dele de nome Carlos Daltro, que por acaso é uma pessoa que conheço. Daí o motivo de eu saber. E sei que Carlos Daltro tem uma relação de amizade com o governador".
Daltro, que doou R$ 10 mil para a campanha de Wagner em 2006 ao governo da Bahia, reaparece no cenário baiano na operação Cartão Vermelho, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (26). O empresário é apontado na investigação como intermediário, ao lado do secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, entre o consórcio Fonte Nova Participações, formado pela Odebrecht e OAS, e o ex-governador.
Daltro, Wagner e Dauster tiveram pedido de prisão temporária feito pela Polícia Federal, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário