sábado, 31 de março de 2012

GILDA A VENCEDORA


Nascer e viver no agreste baiano, por se só já é uma luta, ser conhecido como campesina, ou caipira é coisa que o sertanejo tem que aceitar. Quem leu Euclides da Cunha “sabe referenciar o Nordestino”. Mas a burguesia nascida de plebeus, pouca sabe do Nordestino.

Essa é a Matriarca da Família  Professora Nina ( Mãe de Gilderlandia)


                                                                                                               
Estou escrevendo isso, para falar de uma jovem minha amiga, que vivendo no anonimato, nas tórridas terras do Sertão Baiano, conseguiu romper todos os preconceitos e chegou à cidade grande, desnuda de conceitos, apresentação social, e até mesmo da cátedra, (mas ela venceu).. 
Gilderlandia  " Abençoada"
Jovem humilde, cheia de sonhos e preceitos, resolve questionar o mundo e ir para São Paulo. O primeiro obstáculo a enfrentar foi o conceito, já o preconceito por necessidade colocou dentro de um saco amarrou bem a boca e na cava de um valado lá enterrou. Deixou sua cidadezinha de povo humilde e de pouca esperança, povo preconceituoso, onde vivia seus pais, agricultores de classe media tinham grande adoração pela garotinha caçula, sua genitora relutou pela sua permanência nas terras de poucas chuvas, mas o coração daquela linda mulher queria a cidade grande... E pra lá se foi. E deixou para traz: Seus Pais

Aristides, “popular Tide” que dedicou toda sua vida a família, buscou dar-lhes formação moral, educacional, Pai dedicado e compreensivo, que apoiado na bravura da esposa “ Professora NINA,  que sempre apoiava-se  na disciplina e no ensinamento. Nordestina  e heroína de Formação.



Sua permanência em São Paulo até hoje, foi cercada de lutas e de vitorias, mas lhe faltava alguma coisa , e nas suas orações sempre pedia a Deus que lhe desse o complemento da sua vida: E Deus lhe apresentou o Jovem IVAN e pra completar a benção logo em seguida dera-lhe um filho, e a alegria foi tanta que lhe foi dado o nome de Gabriel.
Hoje,  me dobro na certeza que minha eloquência indica somente o pouco que sei desta Mulher que todos nos aprendemos amar:. Minha Amiga GILDERLANDIA BORGES, a você dedico esse Poema:
A Gentil Camponesa

Tu és pura e imaculada,
Cheia de graça e beleza;
Tu és a flor minha amada,
És a gentil camponesa.

És tu que não tens maldade,
És tu que tudo mereces,
És, sim, porque desconheces
As podridões da cidade.
Vives aí nessa herdade,
Onde tu foste criada,
Aí vives desviada
Deste viver de ilusão:
És como a rosa em botão,
Tu és pura e imaculada.

És tu que ao romper da aurora
Ouves o cantor alado...
Vestes-te, tratas do gado
Que há-de ir tirar água à nora;
Depois, pelos campos fora,
É grande a tua pureza,
Cantando com singeleza,
O que ainda mais te realça,
Exposta ao sol e descalça,
Cheia de graça e beleza.

Teus lábios nunca pintaste,
És linda sem tal veneno;
Toda tu cheiras a feno
Do campo onde trabalhaste;
És verdadeiro contraste
Com a tal flor delicada
Que só por muito pintada
Nos poderá parecer bela;
Mas tu brilhas mais do que ela,
Tu és a flor minha amada.

Pois se te tenho na mão,
Inda assim acho tão pouco,
Que sinto um desejo louco:
Guardar-te no coração!...
As coisas mais belas são
Como as cria a Natureza,
E tu tens toda a grandeza
Dessa beleza que almejo,
Tens tudo quanto desejo,
És a gentil camponesa

António Aleixo, 


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