sexta-feira, 14 de março de 2014

Wagner não cita PP, mas confirma escolha 'em cima de critérios': 'Não posso usar amizade'

por Rodrigo Aguiar/ Evilásio Júnior
Wagner não cita PP, mas confirma escolha 'em cima de critérios': 'Não posso usar amizade'
Foto: Rodrigo Aguiar/ Bahia Notícias
O governador Jaques Wagner confirmou, em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (14), antes do evento de apoio do PTB à chapa governista, no Hotel Matiz, no bairro do Costa Azul, em Salvador, que vai esperar a poeira baixar e anunciar o nome do vice do pré-candidato Rui Costa (PT) assim que voltar das miniférias, iniciadas no próximo domingo (16), dia em que comemora 63 anos. Coordenador do processo de definição, ele admitiu ter sido pressionado pelo PPa oficializar que o posto é do partido – que garante que o escolhido é o deputado federal João Leão – antes da viagem. "É normal da política o cara querer que eu anunciasse logo ele, como o PP queria que eu anunciasse logo alguma coisa hoje. Eu não vou fazer até achar que as coisas estão compreendidas por todo mundo", sinalizou o petista, em relação a um possível descontentamento do presidente do Legislativo baiano, Marcelo Nilo (PDT). O chefe do Executivo estadual negou ter ficado chateado com a presença do pedetista no Palácio Thomé de Souza esta semana, durante a posse do novo chefe da Casa Civil da prefeitura, Luiz Carreira, quando posou para foto ao lado do prefeito ACM Neto (DEM) e do aspirante ao governo do Estado, Geddel Vieira Lima. "Não. Ele é presidente da Assembleia. Ele vai para onde ele quiser. Isso para mim é bobagem. Meu objetivo é manter o grupo unido, termos uma chapa competitiva, como já está se demonstrando, com Rui e com Otto, e chegarmos à vitória depois de trabalhar muito", pontuou, ao revelar ter se comunicado com o pedetista via torpedo. Wagner admitiu ainda, pela primeira vez, que a definição do integrante que resta à chapa está atrelada a motivos concretos. "Não tem que ser uma escolha subjetiva. Tem que ser uma escolha em cima de critérios e aí é óbvio que os critérios têm que ser aceitos pelos dois lados e os critérios é que vão determinar. [...] Critério subjetivo acaba gerando problema na relação", reconheceu. Ao pontuar a importância de PP e PDT em 2009, logo após a saída do PMDB da base, ele evitou comentar a vantagem numérica dos pepistas, mas deu pistas. "Você que está dizendo [que o PP é favorito]. Tem que ser critério objetivo, né? Qual critério que eu posso usar? Não posso usar o critério da simpatia, não posso usar critério da amizade, porque ambos são. Não posso usar critério da fidelidade, porque ambos estão no grupo", sacramentou. Sobre o adiamento do anúncio para depois do seu retorno, o governador justificou a agenda cheia que terá até o seu aniversário. "Tem que conversar com todo muito. Respeito a todos que estão nessa caminhada, tenho que ter tempo  para conversar com todo mundo", declarou. Esta semana, Nilo exigiu ser comunicado sobre os argumentos que o tiraram da briga.

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